O saneamento básico, dentre diversos aspectos que compreendem a saúde pública, abrange inúmeros métodos de tratamento de esgoto. Os métodos convencionais de sistemas sépticos na engenharia civil não visam minimizar impactos ambientais, assunto de extrema importância principalmente pelo fato da construção civil se tratar de um dos setores mais poluentes no país. Em contrapartida, vem sendo desenvolvido o sistema de fossas sépticas biodigestoras, que permite o tratamento das fezes depositadas no vaso sanitário por meio da biodigestão anaeróbica. No final deste processo é gerado o biogás, um biocombustível constituído de metano (CH4), gás carbônico (CO2), gás sulfídrico (H2S) e outros gases em menores proporções. Contudo, só se torna combustível eficiente quando o teor de CH4 for superior ao de CO2. O rendimento de metano em um biodigestor depende das condições ideais para as bactérias metanogênicas efetuarem as etapas de reações. Estes microrganismos se desenvolvem melhor com os parâmetros da biomassa controlados. Portanto, a biomassa adicionada no biodigestor deve ser escolhida, podendo ser resíduos da indústria alimentícia, restos de alimentos, fezes ou lodo. O aproveitamento destas biomassas, além de ter promovido inúmeros benefícios ambientais, tem favorecido, também, o social com geração de rendas. Dessa forma, o projeto se torna viável no tripé da sustentabilidade (ambiental, social e econômico), visto que o biogás pode substituir o gás liquefeito de petróleo (GLP), trazendo economia nas cozinhas residenciais e industriais. Neste trabalho, cujo caráter da pesquisa é descritivo, os objetivos específicos consistem em dimensionar e estudar a viabilidade de implantar o sistema na zona urbana, avaliando três situações diferentes, e o objetivo geral consiste em na realização do projeto para a situação de maior viabilidade.
Autor: BEATRIZ FERNANDES BARBOSA LIMA | Currículo Lattes |
Co-autor: JOÃO SÉRGIO NOBRE DUARTE CRUZ | Currículo Lattes |
Co-autor: IVÂNIA SOARES DE LIMA | Currículo Lattes |