Publicação - Base externa

ESTIMULAÇÃO NEUROPSICOMOTORA EM UMA CRIANÇA COM PÉ EQUINO IDIOPÁTICO: UM ESTUDO DE CASO

Introdução: A marcha não é importante apenas para a locomoção, mas por facilitar a exploração do ambiente natural. A criança não nasce com essa habilidade, desenvolve-a ao longo dos anos dependendo da maturação do Sistema Nervos Central (SNC) e aprendizagem motora; as etapas motoras vão surgindo e se sobrepondo de acordo com as etapas adequadas à idade e sendo assim, estímulos ambientais inadequados podem ocasionar alterações no desenvolvimento típico. Existe um utensílio de auxílio à marcha denominado “andajá” utilizado por crianças de 5 meses a 1 ano de idade capaz de alterar a biomecânica da mesma. Tais alterações podem levar a desalinhamentos biomecânicos, encurtamentos musculares e deformidades ósseas. Dependendo do grau de comprometimento articular, a cirurgia para alongamento muscular percutâneo torna-se necessária. Objetivo: Objetiva-se com o presente estudo verificar os efeitos da estimulação neuropsicomotora no posicionamento do pé em um pé equino idiopático causado por uso frequente de andajá. Métodos: Para a realização deste estudo, foi selecionado uma criança de 1 ano e seis meses diagnosticada com pé equino idiopático. A estimulação através da fisioterapia ocorreu com uma frequência de uma vez por semana, com 40 min de duração. Foi realizada uma avaliação neurológica criteriosa para acompanhar a evolução motora no que se refere ao pé equino e à realização das etapas motoras. Resultados: No início dos atendimentos a paciente realizava todas as fases da marcha com pé em equino; ao exame estático: Amplitude de Movimento (ADM) 0° de dorsiflexão do tornozelo e grau de força 0 em tibial anterior em ambos os membros inferiores (MMII). O resultado final demonstrou apoio plantígrado em todas as fases da marcha com apoio inicial em calcâneo. Ao exame estático: 20° de dorsiflexão de tornozelo e grau de força 5 em tibial anterior em ambos os MMII. Conclusão: Os dados demonstraram que após o período de estimulação houve a adequação do padrão de marcha da criança e que o uso de estimulação neuropsicomotora pode facilitar o alinhamento biomecânico do tornozelo com o estímulo do engrama cerebral.

FONTE: FACOL

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