No final do ano de 2019 com o surgimento de um novo vírus, o SARS-CoV-2, cientistas e a população em geral sentiram a necessidade de buscar por respostas e tratamentos efetivos que freasse os casos da doença provocada pelo vírus, por esse motivo as pessoas buscam por soluções rápidas para prevenção e tratamento da doença e é nesse ponto que a automedicação atinge esse cenário. O uso indiscriminado de medicamentos aumentou demasiadamente durante a pandemia, entre eles a ivermectina, mesmo sem comprovação de sua eficácia e de seus efeitos adversos em longo prazo, nesse sentido o farmacêutico desempenha importante papel no controle desse problema de saúde pública. Pois apesar de ter atividade in vitro detectada, nenhum ensaio clínico tem relatado o benefício clínico do uso de ivermectina na prevenção ou tratamento desses vírus. O objetivo deste trabalho foi, portanto, estudar o papel do farmacêutico no contexto da ATM de ivermectina no período de pandemia demonstrando os riscos que a mesma pode causar a saúde humana, além de ser um incentivo ao uso racional de medicamentos e abordar os fatores que corroboram para a prática da automedicação em período de pandemia de COVID-19. Esse trabalho consistiu de uma revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas, onde foram utilizados os descritores: “automedicação”, “pandemia”, “covid-19”, “ivermectina”, “medicamentos”. A partir dessas pesquisas foi possível observar que a ivermectina não oferece ação benéfica aos pacientes com COVID-19, sendo o seu uso perigoso devido aos efeitos que causa e que o farmacêutico exerce influencia direta no controle da automedicação seja no período da pandemia ou em qualquer outro cenário, a nível hospitalar e principalmente nas farmácias comunitárias, onde ocorre a dispensação desses fármacos, ou seja, um cuidado que vai além da prática clínica.
| Autor: Natália Frazão Viturino | Currículo Lattes |
| Co-autor: Ana Paula Fernandes da Silva | Currículo Lattes |
