A Osteorradionecrose (ORN) é uma das alterações orais mais graves ocasionadas pela radioterapia. Apresenta-se como uma exposição óssea através de ulcerações na pele ou mucosa, permanecendo como uma ferida que não se cura por três meses ou mais. Esse artigo tem como objetivo discutir os fatores de risco, as características clínicas, radiográficas, histopatológicas e o diagnóstico da Osteorradionecrose, bem como debater o tratamento cirúrgico abordado no caso clínico apresentado. Odiagnóstico da Osteorradionecrose deve ser realizado através da história médica do paciente associando aos aspectos clínicos e radiográficos. O tratamento vai desde a educação em higiene bucal à cirurgia extensiva. O embasamento científico foi a partir da pesquisa constante de artigos, nas bases de dados do SciELO, PubMed e LILACS,entre os anos 2000 a 2019, por meiodas palavras chaves dos descritores em ciência da saúde (DeCS):Mandíbula, Osteorradionecrose, Oncológico, Radioterapia. O paciente do caso clínico relatado apresenta Osteorradionecrose bilateral em região de mandíbula com histórico de tratamento radioterápico e quimioterápico para tratamento de câncer Epidermóide em assoalho de boca. A terapêutica instituida para uma melhora gradativa da condição funcional do sistema estomatognáticofoi de desbridamento e curetagem do tecido ósseo necrótico.O tratamento de desbridamento cirúrgico (sequestrectomia)deve ser efetuadosem que não haja um comprometimento do suprimento sanguíneo dos tecidos adjacentes. Realiza-se então a ressecção óssea até se conseguir um sangramento vivo do remanescente ósseo. Portanto, o diagnóstico precoce e o monitoramento das condições bucais são cruciais para a prevenção e o sucesso do tratamento.
| Autor: Ana Paula de Medeiros Silva | Currículo Lattes |
| Co-autor: Maria Kaline Romeiro Teodoro | Currículo Lattes |
